sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DISLEXIA

A definição da dislexia para a Associação Brasileira de Dislexia,‘‘é uma dificuldade acentuada que ocorre no processo de leitura, escrita, soletração e ortografia.Não é uma doença, mas um distúrbio de aprendizagem.Ela torna-se evidente na época da alfabetização, embora mesmo com uma boa instrução, inteligência adequada, oportunidades sócio-cultural e sem distúrbios cognitivos, quando a criança falha no processo de aquisição da linguagem. A dislexia independe das causas intelectuais, emocionais e culturais. É hereditária e ocorre com a maior incidência em meninos’’. O diagnóstico pode ser feito por meio de Exames de Imagem como:TC (tomografia Computadorizada), RMF (Ressonância Magnética Funcional); SPECT-(Tomografia por emissão de Fóton Único); PET: (Tomografia por emissão de Pósitron). Há casos de crianças que lêem e não escrevem, elas têm uma resistência maior, sofrem amais.Existe uma corrente que hipotetiza a ortografia como área mais prejudicada pelo disléxico e outra corrente acha que treina a ler,isto é, a leitura é menos prejudicada e escrita é mais difícil (gravar é mais difícil).Existe também a criança que lê muito bem mas não compreende nada (dislexia de compreensão). O diagnóstico da dislexia é clínico e o tratamento é educacional, o acompanhamento deve ser diário, semanal, mensal, ensinando a criança a ler de outra forma. A dislexia não é tratada com remédios. A compreensão é cientifica. Tem muitos cientistas estudando. Os tipos de dislexia: a adquirida (afasias, doenças após acidente hemorrágico, meningite, acidente de carro, não é hereditária e a segunda, de desenvolvimento visual (diseidética) e auditiva (disfonética) não decodifica foneticamente, ainda a terceira que é a junção das duas, a mista.As áreas atingidas são: linguagem oral, processamento fonológico, memória de trabalho. Aparece muitas vezes dos 8 aos 10 meses no início da compreensão das palavras e aos 15 meses quando adquire vocabulário expressivo.
COMO LIDAR COM UM DISLÉXICO: Em primeiro lugar identificar os pontos fracos e as áreas geradoras de problemas, descobrindo o estilo cognitivo predominante e realizar o tratamento.Em segundo, utilizar material concreto, além de papel quadriculado, fazer jogos com premiações e castigos.Utilizar rimas, músicas e repetições, ler em voz alta, fazer com que a criança leia em voz alta, a pratique a visualização dos problemas,use desenhos. Não complicar visualmente. É indispensável permitir o tempo para fazer exercícios.Usar cartões com linguagem usada na aula.Prestar atenção não apenas no resultado, mas no processo utilizado.Observe os acertos e não somente os erros, como o aluno chega aos resultados.
Conclui-se que existem pessoas nos dois extremos dos estilos; isto é, muitas pessoas podem usar dois estilos ao mesmo tempo.O estilo escolhido depende da dificuldade e tipo de questão.A estratégia compensatória utilizada vai depender do tipo de estilo dominante.Cada estilo é ligado a um hemisfério cerebral. Há mais minhocas que grilos.No hemisfério esquerdo domina a maioria das pessoas. As minhocas com memória deficiente são as que mais sofrem com a matemática.E as minhocas utilizam o hemisfério esquerdo. Se aceitarmos as hipóteses da dominância do hemisfério direito no cérebro disléxico, chega-se à conclusão de que uns grandes números de disléxicos são grilos.Os grilos são prejudicados no sistema de ensino por não documentarem seus processos, é necessário ensiná-los isto. Alguns exercícios favorecem a um ou outro estilo.Ter um estilo dominante não significa necessariamente que a criança tenha sucesso no uso. ‘‘Para o disléxico o difícil é fácil e o fácil é difícil’’. Fonte: http://www.psicopedagogia.com.br

domingo, 18 de novembro de 2012

DISCALCULIA

A discalculia é um problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números. Essa dificuldade de aprendizagem não é causada por deficiência mental, má escolarização, déficits visuais ou auditivos, e não tem nenhuma ligação com níveis de QI e inteligência. Crianças portadoras de discalculia são incapazes de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, entender princípios de medida, seguir sequências, compreender conceitos matemáticos, relacionar o valor de moedas entre outros. Ladislav Kosc descreveu seis tipos de discalculia: a discalculia léxica, discalculia verbal, discalculia gráfica, discalculia operacional, discalculia practognóstica e discalculia ideognóstica. Discalculia léxica: dificuldade na leitura de símbolos matemáticos; Discalculia verbal: dificuldades em nomear quantidades matemáticas, números, termos e símbolos; Discalculia gráfica: dificuldade na escrita de símbolos matemáticos; Discalculia operacional: dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos; Discalculia practognóstica: dificuldade na enumeração, manipulação e comparação de objetos reais ou em imagens; Discalculia ideognóstica: dificuldades nas operações mentais e no entendimento de conceitos matemáticos. Para que o professor consiga detectar a discalculia em seu aluno é imprescindível que ele esteja atento à trajetória da aprendizagem desse aluno, principalmente quando ele apresentar símbolos matemáticos malformados, demonstrar incapacidade de operar com quantidades numéricas, não reconhecer os sinais das operações, apresentar dificuldades na leitura de números e não conseguir localizar espacialmente a multiplicação e a divisão. Caso o transtorno não seja reconhecido a tempo, pode comprometer o desenvolvimento escolar da criança, que com medo de enfrentar novas experiências de aprendizagem adota comportamentos inadequados, tornando-se agressiva, apática ou desinteressada. O psicopedagogo é o profissional indicado no tratamento da discalculia, que é feito em parceria com a escola onde a criança estuda. Geralmente os professores desenvolvem atividades específicas com esse aluno, sem isolá-lo do restante da turma. Por Paula Louredo
É importante chegar a um diagnóstico o mais rapidamente para iniciar as intervenções adequadas. O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar - Neurologista, Psicopedagogo, Fonoaudiólogo, Psicólogo - para um encaminhamento correto. Não devemos ignorar que a participação da família e da escola é fundamental no reconhecimento dos sinais de dificuldades. Deve-se ter muito cuidado ao fazer um pré-diagnostico de uma criança com suspeita de discalculia, pois podemos estar cometendo um erro muito serio, bem como estar rotulando essa criança a um distúrbio que ela não tem, condenando um aluno para o resto de sua vida. Um fator muito importante é fazer a eliminação de suspeita de outros distúrbios tais como: acalculia é a total falta de habilidade para desenvolver qualquer tarefa matemática, que geralmente indica um dano cerebral. Esse problema afeta a criança a aprender os princípios básicos da contagem.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Dicas: Jogos e Atividades

Use jogos educativos nas suas aulas. - Desenvolva atividades lúdicas com seus alunos. - Procure introduzir cada novo conteúdo de forma diferente. - Mude a disposição das cadeiras e mesas na sala de aula. - Faça os alunos participarem das aulas. - Troque de ambiente e dê aula no pátio da escola, por exemplo. - Explore cartazes, vídeos, filmes. - Traga jornais e revistas para a sala de aula. - Aproveite todo o ambiente escolar. - Crie aulas diferentes e divertidas. - Elabore situações problemas para os seus alunos resolverem. - Busque auxílio nos meios de comunicação. - Troque experiências com os colegas. - Valorize as opiniões de seus alunos. - Peça sugestões aos seus alunos quando for preparar suas aulas. - Faça trabalhos em pequenos grupos ou grupos sucessivos. - Solicite uma avaliação das suas aulas aos seus alunos. - Incentive e estimule a aprendizagem dos seus alunos. - Deixe transparecer que você acredita e valoriza o seu trabalho. (Artigo de Maria Luiza Kraemer)
JOGOS E ATIVIDADES PARA ALFABETIZAÇÃO:
*Caça palavras: a prof.ª monta o quadro e escreve, ao lado, as palavras que o aluno deve achar.
****Jogo da memória: o par deve ser composto pela escrita da mesma palavra nas duas peças, sendo uma em letra bastão, e a outra, cursiva. ****Cruzadinha: A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança pôr o nome. Mas, para ajudá-las, faz um quadro com todos os desenhos e seus respectivos nomes, para que a criança só precise copiá-los, letra a letra. *******Bingo de palavras: as cartelas devem conter palavras variadas. Algumas podem conter só palavras do tipo bastão; as outras, somente cursivas; e outras, letras dos dois tipos.
**********Quebra cabeça de rótulos: a profª monta quebra cabeças de rótulos e logomarcas conhecidas e, na hora de montar, estimula a criança a pensar sobre a “ordem das letras” *********************Dominó de palavras: em cada parte da peça deve estar uma palavra, com a respectiva ilustração. ********************* Ache o estranho: a prof.ª recorta, de revistas, rótulos, logomarcas, embalagens, etc. Agrupa-os por categoria, deixando sempre um “estranho” (ex: 3 alimentos e um produto de limpeza; 4 coisas geladas e 1 quente; 3 marcas começadas por “A” e uma por “J”; 4 marcas com 3 letras e 1 com 10, etc.) Cola cada grupo em uma folha, e pede ao aluno para achar o estranho. ************************************************************************************* Jogo do alfabeto: Utilize um alfabeto móvel (1 consoante para cada 3 vogais). Divida a classe em grupo e entregue um jogo de alfabeto para cada um.Vá dando as tarefas, uma a uma: - levantar a letra;- organizar em ordem alfabética;- o professor fala uma letra e os alunos falam uma palavra que inicie com ela;- formar frases com a palavra escolhida;- formar palavras com o alfabeto móvel;- contar as letras de cada palavra; - separar as palavras em sílabas; - montar histórias com as palavras formadas;- montar o nome dos colegas da sala;- montar os nomes dos componentes do grupo. **************************************************************************************************Adivinha qual palavra é: A professora fala uma palavra (BATATA) e os alunos repetem omitindo a sílaba inicial (TATA) ou a final (BATA)

A importância do Lúdico no processo de aprendizagem

Nas mais variadas formas de brincadeiras, e jogos, desenvolvendo dessa forma sua estrutura física e psíquica. E neste sentido que Winncot (1975) afirma: É no brincar e somente no brincar que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral. O uso de situações lúdicas é mais uma possibilidade de se compreender, basicamente o funcionamento dos processos cognitivos e afetivo-sociais com essas crianças. Após a realização de várias leituras referente ao tema citado priorizamos as obras dos respectivos autores, Vygotsky (1988) informa que o jogo é a atividade fundamental para a criança conhecer, atuar e se apropriar do mundo que a rodeia. No ato de jogar e na interação concreta com outras crianças, na intervenção com a sua realidade que a mesma pensa sobre os objetos do conhecimento.. Assim sendo, em sua teoria sociointeracionista o teórico enfatiza a importância da interação na construção de novos saberes, sendo o aluno agente produtor do se próprio conhecimento. No qual o papel do professor é de mediador / facilitador. Segundo Jean Piaget, os jogos nessa prática educativa, com os alunos com necessidades .
PIAGET (1994:25) vê no jogo: “um processo de ajuda ao desenvolvimento da criança; acompanha-a, sendo, ao mesmo tempo, uma atividade conseqüente de seu próprio crescimento”. Afirma Piaget que o jogo proporciona à criança viver momentos de colaboração, competição e também de oposição, ensinando-as a conhecer regras, respeitar o companheiro e aumentar os contatos sociais, ajuda ainda na superação do egocentrismo. O jogo oportuniza o desenvolvimento motor da criança, permitindo que ela crie e monte seus próprio jogos melhorando as suas habilidades. Os jogos devem ser utilizados no dia-a-dia da sala de aula, dentro de um objetivo. O importante é que seja proposto de forma que a criança possa tomar decisões, agir de maneira transformadora. Os jogos devem ser usados para fazer com que a criança reflita, ordene, desorganize, destrói e reconstrói o mundo a sua maneira. Para Celso Antunes (1998:40): “o jogo somente tem validade se usado na hora certa e essa hora é determinada pelo seu caráter desafiador, pelo interesse do aluno e pelo objetivo proposto. Jamais deve ser introduzido antes que o aluno revele maturidade para superar seu desafio e nunca quando o aluno revelar cansaço pela atividade ou tédio por seus resultados.” O lúdico auxilia no processo de alfabetização, tendo como objetivo identificar as diferenças existentes em alunos alfabetizados com auxilio do lúdico e os que não conheceram este recurso, assim, como é aplicado, qual o papel do professor neste processo e concluir se ainda hoje há preconceitos sobre a utilização deste método. Os benefícios didáticos do lúdico são altamente importantes, mais que um passatempo, é um meio indispensável para promover a aprendizagem, assim como a formação de sua personalidade. Em pesquisas bibliográficas pode-se constatar a sua importância para o desenvolvimento da linguagem escrita na criança. Antigamente, brincar e aprender eram situações separadas, não se acreditava nesta junção, porém, essa ideia foi superada por meio de estudos sobre a mente infantil, assim, a brincadeira passou a ser vista como facilitadora do desenvolvimento e da aprendizagem, o brinquedo educativo ganhou seu espaço sendo ele a forma adequada para aprendizagem de conteúdos, portanto valorizar atividades de caráter lúdico é necessário à criança, possibilitando o seu desenvolvimento integral. O professor neste processo ganha o papel de mediador criando um espaço estimulador para o ato de ler e escrever. Para realização deste trabalho realizou-se uma pesquisa qualitativa na rede particular e pública, por meio de questionários e entrevistas com pais, professores e direção, pretendeu-se mostrar como o lúdico pode ser inserido na alfabetização e ajudar a tornar o processo menos monótono. Pode-se concluir então, que esse método já é bastante utilizado nas escolas, os pais percebem em casa e os professores na sala de aula que as crianças expressam maior interesse e rendimento escolar diante do recurso lúdico.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ATIVIDADES LÚDICAS: DISGRAFIA

SUGESTÃO DE JOGOS E BRINCADEIRAS:
Brincar de pular corda, jogos de quebra cabeça, caminhar sobre uma corda ou risco no chão, jogos de vídeo game, brincar de patins e bicicleta, trabalhos manuais com cerâmica, instrumentos musicais, práticas de dança. O educador deve propor atividades em que o aluno possa completar as figuras conforme o modelo, unir as artes para formar um todo, pedir que circulem as letras ou sílabas com lápis de cores diferente, bem como trabalhar com colunas. ATIVIDADES :

DISGRAFIA O QUE É?

A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível. Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia. A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual. Carcaterísticas Principais: - Lentidão na escrita. - Letra ilegível. - Escrita desorganizada. - Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves. - Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial. - Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha. - Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo). - Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida. - O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares. - Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular. O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima. Podemos encontrar dois tipos de disgrafia: - Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever. - Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.

sábado, 10 de novembro de 2012

PRATICA PSICOPEDAGÓGICA NA INSTITUIÇÃO

NA INSTITUIÇÃO: Projeto: Tema- Trabalhando o lúdico na inclusão, de crianças com NEE.
O informe apresentado é o resultado das seis sessões psicopedagógicas e das quatro sessões de intervenção, realizado na Instituição Escolar Estadual Cefira Baylão Diniz, a realização desse trabalho teve como objetivo verificar se a queixa era procedente, se realmente havia naquela instituição a dificuldade no trabalho de inclusão das crianças com Necessidades educacionais Especiais (NEE), devido a falta da aplicação e conscientização da importância de atividades lúdicas. Através da aplicação de trabalhos envolvendo o lúdico com docentes e discentes (sempre misturando no processo de desenvolvimento das atividades das crianças principalmente aquelas com NEE), da observação de toda dinâmica escolar, seu espaço físico e organizacional, trabalho de conscientização da importância da ludicidade na vida do ser humano, dos dados levantados através de entrevistas com o corpo docente e com a gestora do local, informações obtidas informalmente com o pessoal de apoio e técnico da escola, a queixa foi confirmada. Outro fator relevante que dificulta o processo de inclusão dos indivíduos com NEE e a indisciplina dos discentes com faixa etária entre 6 a 13 anos, pois, é bastante acentuado, o espaço físico também contribui significativamente, a falta de estimulo e interesse por parte dos docentes atrapalha bastante o processo inclusivo por meios de jogos e brincadeiras. Durante nosso trabalho na instituição percebemos que houve um estímulo geral, tanto dos docentes como dos discentes, pois, através do trabalho realizado os docentes já mostraram interesse em aplicar jogos com as crianças, ouvimos comentários que iriam realizar atividades com os alunos, pois, perceberam que os alunos empenharam-se ao trabalho proposto por nós. Através da ludicidade podemos perceber que é possível reverter esse quadro de indisciplina, uma vez que na aplicação das atividades os alunos mostraram-se disciplinados e concentrados, felizes por estarem naquele ambiente não vivido por eles em sua realidade. Diante desse contexto passamos para a etapa da devolução e encaminhamento (intervenção), a qual enfocou que o lúdico tem fundamental importância no processo de ensino e aprendizagem de pessoas com NEE . Durante a intervenção pontuamos sugestões e mostramos de que forma poderiam utilizar a ludicidade para trabalhar a inclusão de forma prazerosa e criativa. Todo esse processo foi realizado com a participação dos docentes, onde distribuímos atividades com sugestões didáticas e jogos confeccionados por nós, com o propósito de mostrar que é fácil trabalhar a ludicidade engajando aos conteúdos cotidianos, relacionando aprendizagem, diversão e inclusão, saindo do tradicionalismo e assim, facilitando o trabalho inclusivo naquela instituição. Sendo assim, sugerimos uma intervenção na instituição utilizando as atividades lúdicas para mediar o trabalho inclusivo, através de jogos e brincadeiras com objetivos específicos em integração, disciplina e respeito a regras, para assim, haver sucesso no processo inclusivo. Outra sugestão de grande relevância para a melhoria dos trabalhos e êxito dos mesmos na escola é adequação do espaço físico, em sua área recreativa fazendo adaptação para portadores de deficiências físicas. Outro suporte indispensável é a presença de um profissional especializado na área psicopedagógica. É importante frisar que independentemente da idade , interesse ou habilidade, há atividades recreativas para atender as necessidades de todos os indivíduos.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Jogos em família: Uma forma de conviver e de aprender

A proposta que aqui deixamos é a de alguns jogos que podem ser feitos em família e contribuir para o desenvolvimento de algumas competências importantes para o sucesso escolar no ano seguinte. Chegou o verão, tempo de férias. As famílias aproveitam para passear e os filhos só querem esquecer os livros e a escola. Mas aprender acontece em qualquer ocasião, em qualquer ambiente e com quem quer que nos rodeia. A proposta que aqui deixamos é a de alguns jogos que podem ser feitos em família e contribuir para o desenvolvimento de algumas competências importantes para o sucesso escolar no ano seguinte. Existem variadas dificuldades a nível escolar. No que se refere à escrita, entre outras, podemos referir a falta de ideias, que parecem não querer surgir, no momento em que o aluno quer começar a estruturar e a produzir um texto; um vocabulário limitado, o que dificulta a expressão de ideias de uma forma precisa ou leva à repetição excessiva das mesmas palavras; o encadeamento das ideias e a estruturação do texto. Mas nem só na escrita há problemas. Outra área problemática é a incapacidade de concentração e de atenção, quer nas aulas, quer nos estudos. Outra queixa frequente é a dificuldade de memorizar. Na sua vida académica, os alunos são alvo da atenção dos professores, que lhes propõem atividades e tarefas para ultrapassarem os seus problemas. Mas a verdade é que os pais e as famílias podem aproveitar os tempos que a família passa junta para realizarem alguns jogos que, além de servirem para divertimento e contribuírem para a união da família, ajudam a desenvolver, nos jovens, as tais competências acima referidas: criatividade, estruturação de ideias num texto, riqueza de vocabulário, capacidade de atenção e de concentração, capacidade de memorização. Quem tem vários filhos sabe o tormento que representam as grandes viagens rumo ao destino das férias, com os "rebentos" a digladiarem-se no banco de trás. Estes jogos podem ajudar a tornar essas viagens mais calmas e agradáveis, à medida que os jovens aprendem, sem disso se aperceberem. Aqui vão algumas sugestões de jogos. Pratiquem-nos, divirtam-se e inventem outros. 1) Jogo das compras Este jogo serve para desenvolver a capacidade de atenção e de concentração, a memorização e, eventualmente, a riqueza de vocabulário. Escolhe-se uma letra ("l", por exemplo). A primeira pessoa diz: "Vou comprar..." e acrescenta um produto começado por "l"; ex.: "Vou comprar leite." A segunda repete essa frase e acrescenta-lhe novo artigo, começado por "l"; ex.: "Vou comprar leite e lápis." E o jogo continua, aumentando-se sempre a lista. O jogo será mais difícil se as palavras tiverem que pertencer à mesma área vocabular. Variantes: a) Os artigos que se "compram" podem começar por letras diferentes, à escolha de cada jogador. Ex.: "Vou comprar carne, livros e discos." b) Os artigos podem surgir por ordem alfabética. Ex.: 1.º jogador - "Vou comprar ameixas." 2.º jogador - "Vou comprar ameixas e bananas." 3.º jogador - "Vou comprar ameixas, bananas e copos." c) Os artigos começam por uma letra escolhida previamente, mas cada jogador refere só o artigo que vai "comprar" e não os anteriores. Ex.: 1.º jogador - "Vou comprar leite." 2.º jogador - "Vou comprar livros." 2) Jogo das matrículas Este jogo contribui para desenvolver a atenção e a concentração e ainda a memorização. Combina-se previamente um número de dois algarismos ou duas letras. Cada jogador vai tentar encontrar o maior número de carros com uma matrícula começada por esse número ou por essas duas letras. Quando alguém vir um carro com essas características diz "piu" e marca um ponto. Se vários disserem "piu", só marca ponto o que disser primeiro. Ganha quem atingir primeiro um número de pontos previamente acordado. Variante: O mesmo jogo pode ser feito com as cores ou com as marcas dos carros. 3) Fábrica de histórias Este jogo contribui para o desenvolvimento da criatividade e da coerência textual. Toda a família vai inventar uma história. Um elemento diz a primeira frase. O seguinte tem que fazer uma frase que dê continuação à primeira e assim sucessivamente. Ex.: 1.º elemento - "O senhor Tomé decidiu ir dar um passeio." 2.º elemento - "Chegou ao pé do carro e viu que tinha um pneu furado." 3.º elemento - "Então foi buscar o pneu sobresselente."Armanda Zenhas

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Estresse infantil !!!!!!!!

Estresse infantil: ele pode vir tanto de sensações e experiências boas como de sensações ruins Muitos adultos sonham com um retorno à infância, como se essa fase da vida fosse livre de qualquer transtorno. Mas não é bem assim. Conversamos com Alessandra Wajnsztejn, psicóloga, psicopedagoga e palestrante da 17ª Educar, feira de Educação que acontece em maio, em São Paulo, sobre o estresse infantil. Ela conta como o estresse é desencadeado em nossas crianças e o que podemos fazer para ajudá-las. O que causa o estresse infantil? Situações cotidianas podem desencadeá-lo? Ou apenas situações específicas, como uma morte na família ou bullying escolar? O estresse é um conjunto de reações físicas e psicológicas que causam mudanças químicas no corpo. Isso pode vir tanto de sensações e experiências boas como de sensações ruins. Por exemplo, a morte de um familiar pode ser considerada uma das fontes de estresse mais significativas na infância, mas experiências comuns podem ser responsáveis pelo desencadeamento, como a aproximação de uma data comemorativa, como Natal ou aniversário. Ou mesmo a programação estimulante, porém desgastante, de uma viagem muito esperada. Também podem contribuir para o surgimento do estresse a responsabilidade em excesso, a presença constante e muito intensa de brigas familiares ou a separação dos pais; a rejeição por parte de colegas no ambiente social e a atitude de disciplina confusa por parte dos pais – quando cada um diz uma coisa e, assim, confundem o referencial que a criança deve seguir. Tudo isso desencadeia ansiedade e pode gerar o estresse. Outros fatores bastante importantes, mas não muito refletidos, são a hospitalização e a doença. Durante o processo de gestação e nascimento de irmãos, a criança também passará por uma fase de adaptação, e requer um olhar de qualidade afetiva por parte dos pais. O que muda no comportamento da criança estressada? Como os pais podem perceber que ela está com o problema? A ansiedade e a depressão podem ser tanto causa como consequência do estresse. Os pais devem estar atentos, por exemplo, para uma mudança comportamental como uma introversão súbita, a presença de medo excessivo com motivo aparentemente irracional, a manifestação de comportamentos agressivos, impaciência e choro excessivo, desânimo, comportamento de hipersensibilidade, insegurança e sinais de baixa autoestima. Alguns sintomas podem ser de ordem física, como dor de barriga, manifestação de tique nervoso, frequentes dores de cabeça, comportamento hiperativo secundário a alguma situação, enurese noturna (xixi na cama), bruxismo (ranger de dentes durante o sono) e muitos outros comportamentos. O que os pais podem fazer para ajudar quando a criança já está estress Pode-se tentar evitar algumas fontes estressoras. Mas há experiências que a vida nos proporciona que não podem ser evitadas ou controladas por nós, como a morte de alguém, o surgimento de doenças e a ocorrências de acidentes. Portanto, o ideal é dar apoio, afeto, compreensão, ouvir os anseios e temores de nossos filhos e buscar avaliação e tratamento especializados quando este estresse se torna disfuncional – ou seja, quando começa atrapalhar a vida física e mental da criança. O stress infantil pode influenciar no desenvolvimento da criança? De que forma? Durante o processo de desenvolvimento intelectual, emocional e afetivo, a criança se confronta com momentos em que a tensão de sua vida alcança níveis muito altos, muitas vezes ultrapassando sua capacidade ainda imatura para lidar com as situações conflitantes. A criança que se desenvolve em um ambiente onde a palavra e a atitude familiar são norteadas pelo respeito, ou pela busca de respeito mútuo, poderá sentir-se mais segura de si e, assim, mais resistente. Crianças que são protegidas, mas não sufocadas, também poderão apresentar mais resistência aos eventos da vida. O que precisamos refletir é que nós adultos, pais e educadores, podemos de alguma forma influenciar na vulnerabilidade e na resistência ao estresse, já que ele tem componentes de hereditariedade, mas também de aprendizagem pelo meio. E como prevenir o estresse infantil? O que os pais podem fazer para evitar que seus filhos sofram esta pressão? A criança aprende muito com a forma com que o adulto responde às ocorrências da vida. Se o adulto responde de forma ansiosa ou angustiada, a criança tende a aprender a responder à vida da mesma forma. Não podemos evitar que nossas crianças sofram estresse, mas podemos ser otimistas no sentido de acreditar que o estresse poderá não traumatizar a criança para sempre, e que ela poderá ter resiliência para superar estas fases. Podemos ajudar evitando muitas mudanças no cotidiano de nossas crianças em curto espaço de tempo. Por exemplo, não trocar com frequência de escola ou de moradia e evitar sobrecarga nas atividades extracurriculares, numa busca frenética de uma formação acadêmica precoce que, muitas vezes, acaba gerando um desapego da criança em relação às suas experiências escolares e reverte uma situação que ela deveria estar vivenciando com prazer… POR: Alessandra Wajnsztejn Fonte: Clarissa Passos (iG São Paulo)